Esta é a Fuinha-dos-juncos (Cisticola jundicis).

Quem anda nestas vidas da observação de aves consegue ouvir o particular canto desta ave.

Até conseguimos identificá-la pelo voo, acima/abaixo, muito característico. O problema é encontrá-la no meio da vegetação.

Pouco demora no mesmo local e a oportunidade de a fotografar é um verdadeiro desafio para a paciência.

Na primeira foto temos o Estorninho-malhado (Sturnus vulgaris). 

Na segunda temos o Estorninho-preto (Sturnos unicolor).

Ambos são excelentes cantores, voam em bando, i.e., para onde vai um, vai tudo atrás.

Apesar de cantarem durante todo o dia, é ao amanhecer e ao entardecer (ao "acejo" da noite) que conseguimos ouvir autênticos, e melódicos, concertos.

São, de facto, aves fabulosas, muito particulares e, para terminar, são mais pequenas que o Melro-preto, o que por vezes, e para os menos conhecedores, pode causar confusão.

Tentilhão-comum (Fringilla coelebs) - fêmea

Nos passeios de fim de tarde não existe, para mim, nada de mais agradável do que andar no campo, olhar o verde das árvores, o silêncio dos meus passos e o cantar dos pássaros, qual sinfonia perfeita para desanuviar de um dia de trabalho.

A máquina fotográfica sempre comigo, qual apêndice, não vá aparecer um motivo que pretenda registar, como recordação de um qualquer passeio no meio da natureza.

Esta "menina" cantarolava empoleirada num ramo. Captei esse momento e ela ali se manteve, deixando-se fotografar e mantendo a pose.

É, de facto, extraordinário sentir a comunhão com a natureza, nem que seja por minutos que valem por horas. 

Ao longo destes campo existiu até meados do século XV a Lagoa da Pederneira.

Uma ave muito conhecida, mas que não deixa de fascinar a todos os que as observam em liberdade.

Na foto de baixo podemos ver à direita a fêmea e à esquerda o macho.

Distinguem-se pela dimensão e tonalidade da mancha avermelhada que têm na cabeça.

Registo de 22 de Dezembro de 2022.

Campos do Valado - Nazaré

@Caf Photos

Esta é uma das aves mais comuns no nosso território, o Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula). Mas por ser comum não quer dizer que seja vulgar, posto que a sua beleza, a sonoridade do seu canto - mais parecem "estalinhos" - a denunciam. O problema é descobrir onde está esta pequena ave.

E, na minha opinião, é nessa procura entre o canto e o local onde se encontra a ave que reside a verdadeiramente extraordinária paixão de observar aves.

Registo de 19 de Novembro de 2020.

Parque da Pedralva, Nazaré.

Foto: @Caf Photos